Elói Francisco
Ainda muito jovem
o menino Elói sofreu a perda do seu pai e desde então foi o provedor da família
junto a sua mãe. Talvez o infortúnio em tenra idade o tenha forjado empreendedor.
Fez-se homem simpático, honesto, benevolente e persistente quando o assunto era construir um sólido patrimônio – marcas que destacaram o seu nome no meio social em que viveu.
Elói Francisco destacou-se como um dos mais importantes pioneiros no desenvolvimento do município de Salitre. Como prova do seu tino comercial, foi dono de uma das primeiras fábricas de farinha de Salitre, localizada no centro da cidade, ao lado da igreja matriz; empreendimento responsável pela única renda muitos homens e mulheres de uma cidade que dava os seus primeiros passos como município emancipado. Foi proprietário de armazém de cereais e farinha de mandioca e nesse quesito foi a salvação de muitas famílias, especialmente os mais pobres, a quem Elói nunca faltou na hora em que mais precisaram do seu socorro.
Adotou a prática de comprar a safra dos agricultores ainda na folha, antes da colheita, e em alguns casos, antes mesmo de serem plantadas. Esse método socorria os agricultores sem lhes tolher a dignidade.
Referência regional quando o assunto era exportação de farinha de mandioca, sendo o principal distribuidor de farinha para os municípios de Iguatu e Fortaleza, trajeto cumprido com frota própria e tendo na direção seus filhos e funcionários de sua mais alta confiança.
Elói foi o precursor no transporte de passageiros em carro fechado tipo VAN. Seu registro na linha de transportes de passageiros era de Salitre a Juazeiro do Norte. A sua iniciativa foi também adotada por outros proprietários de transportes fechados, para exemplo citamos os nomes dos senhores Mundoca e Aquino.
Seu Elói, querido por todos da cidade, se fez padrinho de muita gente. O seu pensamento desenvolvimentista encontrou apoio na seriedade de outros homens de bem da sua época: Nezim Frasil, Sitonho Libano, Zé Rodrigues, Luiz Pereira, Nélio Crente, Zezé Santiago, Antônio Reginaldo, Antônio Estevão, João Rodrigues, Zé Costa, Quinco Libano; com estes compadres e amigos, fez-se responsável por muitos pontos de desenvolvimento da história de Salitre.