Mestre Antônio
Nasceu no dia 22.09.1922 na cidade de Caririaçu-CE. Filho de José Antônio de Almeida e Raimunda Maria de Lira.
Quando na adolescência, passou por dificuldades em períodos de secas. E numa viagem para Arapiraca - Alagoas à procura de emprego com os pais e irmãos que eram: João Antônio, Francisco de Assis, Isabel, Josefa, Francisca e Maria, aconteceu um fato muito triste. Sua irmã Maria faleceu durante uma viagem. Tempos depois, deslocou-se do Estado de Alagoas para Nova Olinda-CE, onde começou a erguer a vida.
Aprendeu a trabalhar na agricultura com o pai e também aprendera com o mesmo a arte de pedreiro. Católico, tinha devoção aos Santos: São Francisco e São Vicente de Paulo. Era confrade da Conferência de São José, da Sociedade de São Vicente de Paulo do Brasil em Araripe-CE. Orava todos os dias, participava das missas aos domingos e dos movimentos da Igreja Católica nos lugares onde moravam.
Em 10.04.1948, na Igreja Matriz de São Sebastião em Nova Olinda, casou-se com a prima Alzira Ferreira Lira. O casal teve dois filhos. O primeiro nasceu morto no ano de 1950. Dois anos depois, nasceu Francisca Ferreira de Lira, batizada pelo padre Cristiano Coelho na Igreja Matriz de São Sebastião em Nova Olinda-CE.
Naquele mesmo período assumiu a responsabilidade de ficar em sua companhia quatro sobrinhas que ficaram órfãs. Anos depois, duas casaram-se (Nely e Necy) e duas foram morar em Fortaleza (Maria e Nair).
Em 1953, Antônio José de Lira incorporado para São Paulo, onde passou dois anos trabalhando. Regressando a Nova Olinda, instalada uma mercearia, padaria, café, engenhocaria, barbearia, e no mesmo quarteirão uma Amplificadora potente com programação onde o público passou a ouvir e curtir as músicas dos cantores: não biológica). Tem sete netos: José Arthur Ribeiro Lima, Ana Lara Araújo Ribeiro de Lira e Matheus Araújo Ribeiro Lira, Ana Clara Ribeiro da Silva Lira, Layla Ribeiro Rodrigues, Cícero Lucas da Silva Barbosa, Maria Eduarda da Silva Barbosa (os dois últimos não biológicos) são filhos de Kariane - Michelly. Tem um bisneto, filho de Eduarda - Heitor Malaquias Barbosa.
Candidatou-se a vereador em Araripe, pelo PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro e ficar empolgado, visitando os visitantes, com o objetivo de conscientizá-los para o voto. Não foi eleito.
Gostava de fazer amizade com a vizinhança e tratar bem às crianças dando-lhes apoio em sua casa, até mesmo passando a morar, como por exemplo, Kariane - Michelly, que passou a chamá-lo de Pai Antônio. Veio para sua companhia a partir do primeiro dia de nascida, saindo aos 11 anos de idade, através de sua mãe biológica - Remédio. Os outros irmãos tiveram assistência no dia-a-dia: Társio, Leca, Kátia, Karla e Mirtes (também filhas de Remédio).
Teve dedicação com outras crianças: Damião Malaquias, Antônio de Dona Elza Alencar (chamavam de Pai). Ainda com os filhos de Raimunda Ramos e Henrique de Marlene Ramos (promotor de justiça), e o filho de Sônia Januário, Edvando (Vandim de Sônia). E outras crianças. Veio para sua companhia uma sobrinha por nome Aldenir (Didi) que estudou até concluir as séries iniciais. Casou-se e teve 04 filhos. Formaram-se, trabalham e moram em São Paulo.
Solidarizava-se com os estudantes que necessitavam de apoio e alojou em sua residência muitas pessoas: Marilene e Socorro Silvestre (quatro anos), Maricor, Rosinha, Geralda Gomes, Cristina, Ariane (um ano), Toinha de Chaguinha, Sítio Barreiros dos Batista (dois anos), outra da serra dos Higinos - Cícera Higino. Gilvaneide do Brejinho (um ano) e Cleide Brito Oliveira (do Brejinho), Marivam, Dina, Antônio Eudro e Juscier Cambraia, totalizando quinze pessoas que moraram em sua casa para que pudesse estudar e trabalhar.
Anos depois, Antônio José de Lira acompanhou para o Estado do Piauí, onde trabalhou em divesas obras de construção civil.
Morando em Nova Olinda, trabalhou de Pedreiro durante um ano na Cidade do Crato. Anos depois foi ao Estado de Pernambuco a trabalho, permanecendo dois anos em diversas cidades. Voltando para Nova Olinda, iniciou as atividades de construtor, fazendo empreitas de várias obras, ao mesmo tempo trabalhando na agrícola.
Em 1961, deslocou-se para o distrito de Brejinho, lá trabalhou em obras como: a construção da casa do Sr. Rafael e o Grupo Escolar de Brejinho (depois de muitos anos, demolido).
Em abril de 1963 foi embora para a cidade de Araripe com a esposa, a filha e o sobrinho Francisco Ferreira Lins, conhecido por Machado, que tinha deficiência mental. Machado faleceu no ano de 1972.
Chegando a cidade de Araripe, construiu as casas de Oscar Loiola de Alencar, João Rodrigues Vieira (Dinane), e Dita Gomes. Construiu ainda o Centro Comunitário José Loiola de Alencar, na Sede do município, reformou a Igreja Matriz de Santo Antônio e outros prédios. A família Alencar Almino o acatou muito bem, dando-lhe outras obras para o mesmo construir, como também lhe dava bastante atenção.
Alguns anos depois, foi chamado à Potengi, onde atendeu praça, centro comunidade e outras edificações. Fez várias obras também em Campos Sales. No distrito de Pajeú, município de Araripe, exerceu uma atividade de comerciante. Na arte de pedreiro esperava ainda a Capela de São Francisca e o Clube para festas dançantes do Senhor Lourival Alves.
Depois de tanta luta e esforço, aposentou-se e lamentou-se por não poder mais trabalhar, o que na realidade gostava tanto! Participava de roda de conversa - Bate papo, histórias, episódios do passado com seus colegas em sua calçada e na Praça do Coreto: Antônio Galdino, Antônio Hélio, Assis Mimosa, Chico Arraes, Deca Galdino, Dourado, Geraldo Ramos, Humbermar, João Eduardo, Jucélio Nunes, Marcelo Ramos, Marlene Ramos, Mauro Gitirana, Nadir Cambraia, Vilemar Guedes, Valter Nunes, Wilson Arrais e Zé Nunes.
No mês de maio de 2004, Antônio José de Lira perdera sua esposa - Alzira Ferreira Lira. Ficando abalado, decadente com a perda irreparável; sempre comentava que não demoraria em Deus chamá-lo. Ele era cardíaco. Sofria de pressão alta. Fora operada de hérnia por quatro vezes, anos atrás. Uma Súbita e abalável notícia fora anunciada. No dia 27 de março de 2010, aconteceu o falecimento de Antônio José de Lira, o popular Mestre Antônio.
Foi sepultado no Cemitério Campo Santo de Araripe.